Muitas crianças e adultos sofrem de problemas respiratórios. Alergias, ronco, hipertrofia de adenoides, rinite, sinusite, asma, bronquite, quaisquer doenças respiratórias ocorrem por causa da respiração bucal.
Muitas crianças, por alterarem o padrão respiratório nos primeiros anos de vida, perdem a capacidade de respirar naturalmente pelo nariz. Devido a essa alteração passam o dia de boca aberta. O crescimento craniofacial é alterado, e, se a boca está aberta, a posição da língua não será a correta, e a adaptação será feita por compensação. A coluna vertebral adquire uma postura com curvaturas acentuadas para reduzir o esforço respiratório, os maxilares crescem sem a proporção correta, o nariz e a face tomam uma forma mais alongada para facilitar a respiração oral, os músculos da face tornam-se hipotônicos (“moles”) para reduzir a resistência à passagem de ar.
Durante a respiração bucal, as trocas de oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2) estão longe do ideal, e a criança aumenta a frequência respiratória (hiperventilação). Como essas trocas gasosas causam uma saturação nas células, a criança terá uma maior dificuldade de concentração, cansaço, hiperatividade, sono agitado, entre outras alterações.
Na hiperventilação ocorre uma maior frequência respiratória, e, portanto, uma maior quantidade de gases entra e sai dos pulmões. Isso faz os pulmões expelirem muito CO2, o que imediatamente aumenta o pH do sangue, tornando-o mais alcalino. Em resposta a esse pH elevado nosso organismo tenta corrigir o problema com um mecanismo de compensação. Assim, os rins diminuem a eliminação do CO2, reabsorvendo o CO2 a partir da urina. Isso provoca um aumento na eliminação de minerais de carga positiva, como o cálcio (Ca2+) e o magnésio (Mg2+), e também o fósforo (P), pois estes elementos estão ligados à reabsorção do CO2. A perda de fósforo reduz o armazenamento de ATP (a energia das células) no corpo, o que compromete vários sistemas orgânicos. Dessa maneira, ocorre comprometimento da contração muscular, fadiga muscular e afeta a condução nervosa dos impulsos elétricos. Na tentativa de reter o CO2 nos pulmões, ocorre a constrição das vias aéreas nos pulmões, causando sibilos, e as adenoides incham para tentar diminuir o CO2 de ser expulso a cada respiração.
A asma e o aumento das adenoides são um mecanismo de compensação normal primária quando nosso organismo tenta corrigir o pH anormal criado pela hiperventilação crônica. Com essa disfunção desenvolvem-se os adenoides, asma, hipertensão, deficiência imunológica, alergias e outras alterações. Essa é a causa de muitas doenças. Porém, quando normalizamos a respiração correta pelo nariz, ocorre uma reestruturação total da saúde, sem a necessidade de nenhuma intervenção cirúrgica.
