Até pouco tempo atrás, ainda no século XX, nada se ouvia falar sobre a influência dos hormônios esteroidais na Odontologia. Porém atualmente sabemos através de dezenas de pesquisas científicas que os hormônios têm um papel fundamental na calcificação e formação óssea. Quando estamos expostos ao flúor, ocorre uma alteração no metabolismo ósseo.
Os hormônios da tireoide, paratormônio, calcitonina, T3, e testosterona, estradiol, estriol, vitamina D, GH, corticoides, estão todos envolvidos com a calcificação óssea. A calcitonina inibe a reabsorção óssea. O paratormônio, hormônio responsável pela reabsorção óssea, diminui quando suplementamos a vitamina D. A presença frequente de cáries e tártaro nos dentes é um claro indício de que os hormônios não estão funcionando no cumprimento do seu papel. Quando o cirurgião-dentista repõe esses hormônios em falta, ocorrerá um equilíbrio em todo o organismo, melhorando a saúde óssea e a inflamação sistêmica. Portanto, ao fazermos a reposição dos hormônios que estão em falta em nosso organismo, teremos mais saúde.
O câncer, por exemplo, está relacionado com a inflamação crônica e a calcificação. O uso de hormônios sintéticos, como os anticoncepcionais, está relacionado com maior inflamação crônica no organismo e risco de câncer aumentado. Na verdade, toda substância química estranha ao nosso corpo que usamos, mas que nosso corpo não produz, pode levar a uma inflamação crônica, causando agressão ao nosso corpo, e levando a alterações no funcionamento das nossas células, desequilíbrio hormonal, e por fim levando ao colapso e surgindo as doenças.
É muito importante na Odontologia, primeiramente, antes de pensarmos na reabilitação dos dentes, equilibrar a saúde e repor os hormônios em falta no organismo (de acordo com a lei federal 9965/2000 e resolução CFO 199/2019). Trabalhamos com os HORMÔNIOS BIOIDÊNTICOS, que são quimicamente iguais aos hormônios naturais produzidos pelo nosso corpo. Isso é de grande importância, pois quando damos ao nosso organismo aquilo que ele realmente precisa para funcionar, teremos muito mais saúde, sem o uso de medicamentos.
Sabemos que todos os nossos hormônios esteroidais são fabricados a partir do colesterol. Daí podemos concluir que baixar o nosso colesterol não é uma boa ideia, visto que se não temos colesterol também não teremos hormônios, e se não temos hormônios não temos saúde. Pesquisas recentes têm mostrado que níveis baixos de colesterol LDL (chamado erroneamente de colesterol ruim), têm associação com perda da memória e maior risco de desenvolver demência. Nosso corpo funciona com colesterol, hormônios, vitaminas, somos uma máquina que funciona com os combustíveis originais, jamais com medicamentos.
Durante a menopausa (nas mulheres) e andropausa (nos homens) a saúde óssea é muito comprometida. Dependendo do nosso estilo de vida, esse processo natural pode ocorrer mais cedo ou mais tarde, afetando diretamente a produção hormonal. A deficiência hormonal leva a uma reabsorção (perda) óssea aumentada. Queda hormonal significa uma ameaça à saúde óssea, e os hormônios são essenciais na fisiologia e metabolismo ósseo. Não é o caso de simplesmente repor o cálcio, é algo muito mais complexo. Desse equilíbrio da saúde óssea depende todo o resultado do tratamento odontológico, principalmente nos casos de implantes.
É muito importante portanto o equilíbrio da saúde integral em primeiro lugar, para que o tratamento odontológico dê certo. Uma gengiva que sangra, cárie, perda óssea ao redor de dentes, inflamação na boca, são coisas que de forma alguma estão ligadas exclusivamente à higiene. De fato, não há como separar a boca do restante do corpo, e tudo que entra pelo nariz e pela boca vai afetar a saúde do corpo inteiro, e tudo que age no corpo inteiro, através do sangue, irá interferir na saúde da ATM, dos ossos, dentes e gengiva.
